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MPT e instituições entregam laboratório de profissionalização para adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas

Entrega do laboratório de informática, o primeiro dos quatro espaços que serão montados no prédio-sede da Sumese, é resultado de acordo judicial firmado entre o MPT e uma empresa de segurança para garantir a cota de jovens aprendizes

Maceió/AL - O Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras instituições realizaram o lançamento oficial, na manhã da última terça-feira (2), da primeira turma de formação profissional voltada a jovens e adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em Alagoas. A entrega do laboratório de informática, o primeiro dos quatro espaços que serão montados no prédio-sede da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), é resultado de acordo judicial firmado entre o MPT e uma empresa de segurança para garantir a cota de jovens aprendizes.

MPT e instituições realizaram entrega de laboratório de informática na Sumese (Fotos: Ascom MPT/AL)
MPT e instituições realizaram entrega de laboratório de informática na Sumese (Fotos: Ascom MPT/AL)

Além de informática, a conclusão dos demais laboratórios permitirá que os adolescentes e jovens escolham os cursos de Barbearia, Gastronomia e Hotelaria, ofertados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Cada curso disponibilizará 20 vagas, 80 no total.

O laboratório foi entregue durante evento promovido pelo Governo do Estado, que também realizou a entrega de outros equipamentos à Sumese. Durante a solenidade, a procuradora do MPT Virgínia Ferreira - responsável por elaborar o acordo judicial – falou do engajamento das instituições para a entrega do novo espaço e afirmou que os cursos são um grande passo para melhorar a vida dos adolescentes.

“Com a articulação entre MPT e Ministério Público Estadual voltada à infância e juventude, com a resposta do Judiciário Trabalhista às ações propostas pelo MPT e com o empenho da equipe técnica da Sumese, conseguimos, enfim, dar essa oportunidade a jovens que entraram no mundo do crime e que talvez nunca tenham tido uma alternativa. Agora, eles têm na qualificação profissional uma grande oportunidade de tentar um espaço para desenvolver suas habilidades e um grande passo para virar a página de suas vidas”, afirmou a procuradora.

Procuradora do MPT Virgínia Ferreira destacou engajamento de instituições para entregarem novo espaço
Procuradora do MPT Virgínia Ferreira destacou engajamento de instituições para entregarem novo espaço

A promotora Marília Cerqueira, do Ministério Público Estadual (MPE), também participou do lançamento e destacou que o MPT e outras instituições estão irmanadas em uma atuação voltada à proteção da infância e juventude no estado. “As instituições estão unidas em prol do desenvolvimento de uma política de atendimento à criança e ao adolescente que consiga consagrar a proteção integral prevista na constituição e que não multiplique nenhuma forma de discriminação. Esses equipamentos representam uma luta contínua e inacabada para conseguirmos a excelência dessa proteção integral”.

Participam da primeira turma do curso de informática 17 adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. Os jovens foram contratados como aprendizes pela Albuquerque e Bruschi, empresa que firmou acordo judicial com o MPT após descumprir a cota legal de aprendizagem profissional.

Participam da primeira turma do curso de informática 17 adolescentes que cumprem medidas socioeducativas
Participam da primeira turma do curso de informática 17 adolescentes que cumprem medidas socioeducativas

Acordo judicial

O Ministério Público do Trabalho (MPT) no estado e a empresa Albuquerque e Bruschi Segurança Patrimonial firmaram um acordo judicial para montagem de quatro laboratórios de formação profissional em benefício dos socioeducandos.

No acordo elaborado pela procuradora do MPT Virgínia Ferreira, a Albuquerque e Bruschi se comprometeu a adquirir e entregar para a Sumese equipamentos, mobílias e utensílios que permitam o funcionamento dos quatro laboratórios de profissionalização.

A montagem dos laboratórios equivale à indenização por dano moral coletivo que a empresa de segurança patrimonial teria de pagar por descumprir a cota de contratação de jovens aprendizes prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A ré responde à decisão judicial transitada em julgado após o MPT obter êxito em ação civil pública ajuizada em 2019.

Os termos firmados entre as partes também preveem a adequação da Albuquerque e Bruschi à legislação trabalhista vigente, o que significa que a empresa terá de contratar um número de jovens aprendizes na quantidade de 5% a 15% em relação ao total de profissionais do quadro.

O acordo foi homologado pelo Juízo da 9ª Vara do Trabalho da Capital no dia 16 de fevereiro.

A contar da data da homologação judicial, a empresa de vigilância patrimonial tem o prazo de dois anos para concluir a montagem dos laboratórios de profissionalização na Sumese. A exceção fica pelo laboratório de informática, que acaba de ser entregue.

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