• Informe-se
  • Notícias do MPT/AL
  • Ação conjunta mostra a centenas de estudantes e clientes de restaurantes de Maceió os perigos causados pelo consumo do cigarro

Ação conjunta mostra a centenas de estudantes e clientes de restaurantes de Maceió os perigos causados pelo consumo do cigarro

MPT, Sesau, Procon e Ong ACT+ percorreram escolas e bares da capital para conscientizar a população das consequências causadas pela exposição ao efeito tóxico do tabaco; ação aconteceu em comemoração de um ano da regulamentação da Lei Antifumo

Maceió/AL – Uma ação educativa realizada na última sexta-feira (4) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest/AL), Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Vigilância Sanitária de Maceió, Procon Alagoas e Ong Aliança de Controle do Tabagismo e Saúde (ACT+) mostrou a centenas de estudantes da rede pública de ensino e a clientes de bares e restaurantes de Maceió as consequências reais causadas pela exposição aos efeitos tóxicos da fumaça do tabaco. A ação aconteceu em comemoração ao aniversário de um ano da Lei Antifumo, que proíbe em todo o país o consumo de cigarros em ambientes coletivos, fechados ou abertos.

Na primeira etapa da ação, realizada no Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas de Alagoas (CEPA), o Procurador do Trabalho Rodrigo Alencar mostrou a crianças e adolescentes a importância de aprenderem, desde cedo, que o cigarro não apenas vicia, mas pode levar o fumante, esteja ele no ambiente de trabalho ou fora dele, a adquirir sérios riscos de saúde, como o câncer. Os estudantes receberam panfletos informativos sobre o perigo do cigarro para o trabalhador e participaram de dinâmicas sobre o assunto.

A campanha de conscientização teve continuidade nos restaurantes do loteamento Stella Maris, no bairro de Jatiúca, e em bares da orla marítima da capital, quando as equipes do MPT, Sesau, Vigilância Sanitária, Cerest e Procon alertaram os clientes sobre os perigos do fumo ativo e passivo para a população. O Procurador Rodrigo Alencar ressaltou que o principal benefício da Lei Antifumo para o trabalhador e a sociedade é a conscientização. “A regulamentação da lei passa a mensagem para toda a população que o direito do trabalhador a um ambiente livre do tabaco e o direito de toda a sociedade de estar livre da fumaça cancerígena do cigarro devem ser respeitados”, disse.

Rodrigo Alencar destacou a importância de ações preventivas junto à sociedade, mas alerta que as empresas devem se adequar efetivamente à Lei Antifumo. “É muito importante que o MPT e todos os órgãos de saúde estejam de braços dados para passar esta mensagem à sociedade, principalmente aos mais jovens, que estão mais vulneráveis à cooptação do mercado do cigarro. Mas as empresas, bares, hotéis e restaurantes que não cumprirem as regras previstas na Lei Antifumo estão sujeitos a multas, punições e até a interdições”, concluiu.

Lei Antifumo

Segundo a Lei Antifumo (Lei 12.456/2011), regulamentada no ano passado em todo o país por meio do Decreto 8.262/2014, será apenas permitido fumar em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, áreas abertas nos estádios de futebol e vias públicas. A legislação ainda veda a propaganda comercial de cigarros, charutos ou qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco, com exceção apenas da exposição dos referidos produtos nos locais de vendas, desde que acompanhada das cláusulas de advertência.

Doença evitável que mais mata

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo (fumo ativo) é a principal causa de morte evitável no mundo. Cerca de um terço da população mundial adulta – 2 bilhões de pessoas – são fumantes.

Segundo informações publicadas no Portal Brasil, todo ano cerca de 200 mil pessoas no Brasil morrem em decorrência do cigarro. Os cânceres de pulmão e laringe são os que mais matam no país.

Imprimir