MPT e Sindicato dos Bancários discutem situação de trabalhadores durante o atendimento presencial nas agências
Em reunião com o procurador-chefe Rafael Gazzaneo, representantes da categoria demostraram preocupação com aglomeração, cumprimento de metas e outros assuntos, durante a pandemia do Covid-19
Maceió/AL – O Sindicato dos Bancários de Alagoas solicitou ao Ministério Público do Trabalho (MPT), na última terça-feira, 31, a colaboração da instituição trabalhista na busca da proteção da saúde dos trabalhadores que laboram nas agências bancárias do estado, diante da pandemia do novo coronavírus. Durante reunião com o procurador-chefe do MPT, Rafael Gazzaneo, representantes do sindicato entregaram um documento com o relato das principais dificuldades enfrentadas.
Com os bancos funcionando, por serem considerados atividades essenciais, uma das preocupações da categoria é com a exposição dos trabalhadores, seja nos caixas de atendimento direto ou nas máquinas de autoatendimento, já que os bancários laboram onde há circulação de clientes. O sindicato também informou que solicitou ao Governo do Estado a inclusão do atendimento presencial nos bancos - exceto os atendimentos essenciais - entre as atividades suspensas pelo decreto 69.541.
Além da preocupação com a exposição dos bancários, o sindicato também relatou a falta de sensibilidade de alguns bancos que continuam exigindo o cumprimento de metas por seus empregados. Ainda segundo a denúncia, algumas agências bancárias estão colocando em prática a medida provisória do Governo Federal, mesmo sem ainda ter sido aprovada pelo Congresso Nacional, que autoriza a antecipação de férias e de feriados, e flexibiliza as férias coletivas, o teletrabalho e o chamado banco de horas durante a pandemia do Covid-19.
Rafael Gazzaneo ressaltou que há uma preocupação nacional do Ministério Público do Trabalho com a saúde dos bancários, já que as agências continuam em funcionamento. O procurador recomendou que a categoria reúna provas para que o MPT possa avaliar a situação e adotar as medidas que forem necessárias. “Entendemos que a preocupação dos bancários é válida, e estamos atentos às situações de ilegalidade que os bancos podem vir a cometer. O cumprimento de metas numa crise como esta, por exemplo, demonstra falta de sensibilidade e é algo que tem que ser apurado e denunciado”, explicou Gazzaneo.
O Sindicato dos Bancários deve protocolar oficialmente, junto ao Ministério Público do Trabalho, as denúncias relatadas durante a reunião.
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