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TRT, MPT e SRTb realizam ação de prevenção do assédio moral em visita a hospital

Iniciativa conjunta busca desenvolver ações para prevenir afastamentos causados por transtornos mentais em clínicas de Saúde e hospitais públicos e privados no Estado

Maceió/AL - Uma comissão formada por representantes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Superintendência Regional do Trabalho em Alagoas (SRTb/AL) realizou uma visita ao Hospital Sanatório, na última sexta-feira, 6, em Maceió, para conscientizar gestores e toda a comunidade organizacional sobre a importância de um meio ambiente laboral saudável. A iniciativa conjunta busca desenvolver ações para prevenir afastamentos causados por transtornos mentais em clínicas de Saúde e hospitais públicos e privados no Estado.

Durante o encontro, as juízas do Trabalho Bianca Calaça e Carolina Bertrand, gestoras regionais do Programa Trabalho Seguro do TRT/AL, o procurador-chefe do MPT em Alagoas, Rafael Gazzaneo, e o auditor fiscal do Trabalho Elton Machado falaram da preocupação com a saúde dos trabalhadores, especialmente sobre os riscos do assédio moral no trabalho. O assunto foi debatido em julho durante o 1º Seminário sobre Violência e adoecimento mental do trabalhador, promovido pelas três instituições.

Representantes das instituições falaram da preocupação com a saúde dos trabalhadores, especialmente sobre os riscos do assédio moral no trabalho (Fotos: Rafael Maia/MPT)
Representantes das instituições falaram da preocupação com a saúde dos trabalhadores, especialmente sobre os riscos do assédio moral no trabalho (Fotos: Rafael Maia/MPT)

Após conhecer as diversas áreas e instalações do complexo hospitalar, as juízas do Trabalho Bianca Calaça e Carolina Bertrand, o procurador Rafael Gazzaneo e o auditor-fiscal Elton Machado se reuniram com os trabalhadores e falaram sobre assédio moral. Bianca Calaça disse de que o Brasil é o 4º no mundo em acidentes de trabalho e que é preciso trabalhar com prevenção. “Antes a Justiça do Trabalho só era procurada quando havia acidente de trabalho ou quando o trabalhador falecia. Isso era preocupante. Hoje, há trabalhos de conscientização para a cultura da prevenção. Isso tem repercutido”, afirmou.

O procurador-chefe do MPT, Rafael Gazzaneo, afirmou que o tema é “muito caro” para o Ministério Público do Trabalho porque está relacionado diretamente à vida e à integridade física e mental dos empregados. Gazzaneo orientou os trabalhadores a denunciarem os casos ao MPT e a acompanharem essas denúncias, mesmo que sejam feitas de forma anônima. “Estamos realizando um trabalho de prevenção, a fim de que situações que estejam ocorrendo possam ser consertadas. E destacamos a importância de se fazer a denúncia ao MPT, para que situações sejam objeto de investigação”, disse Gazzaneo.

Procurador-chefe Rafael Gazzaneo afirmou que tema é “muito caro” para o MPT porque está relacionado à vida e à integridade física e mental dos empregados
Procurador-chefe Rafael Gazzaneo afirmou que tema é “muito caro” para o MPT porque está relacionado à vida e à integridade física e mental dos empregados

Para a juíza do TRT Carolina Bertrand, todos precisam contribuir para prevenir o assédio e qualquer outro tipo de humilhação no ambiente de trabalho. “O que eu posso fazer para melhorar meu clima organizacional? Fiquem atentos a comentários que causem humilhações, para uma construção conjunta que melhore os relacionamentos através do respeito e reconhecimento de cada um”, orientou Carolina.

Já o auditor fiscal do Trabalho Elton Machado demonstrou preocupação com os casos cada vez maiores de transtornos mentais e suicídio envolvendo profissionais da Saúde. “Só com ferramentas convencionais de fiscalizações não vamos conseguir atender demandas. Ações como essas são muito produtivas. As organizações não podem se isolar, virar as costas. Vocês gestores são pontes. Vamos trabalhar para diminuir dores e tristezas", observou.

Integrantes da comissão foram recebidos pelo diretor Júlio Bandeira (esq.), que falou das ações voltadas à saúde de seus trabalhadores
Integrantes da comissão foram recebidos pelo diretor Júlio Bandeira (esq.), que falou das ações voltadas à saúde de seus trabalhadores

O Hospital Sanatório tem 74 anos de prestação de serviços e cerca de 1 mil empregados, entre funcionários e colaboradores. O diretor Julio Bandeira explicou que o hospital segue uma série de procedimentos que incluem a preocupação com a saúde de todos, incluindo os trabalhadores da instituição. Segundo Bandeira, uma das preocupações recentes é com os problemas estruturais que vem ocorrendo no bairro do Pinheiro, devido ao aparecimento de rachaduras na região, já que muitos trabalhadores trabalham no hospital e residem no bairro.

Com informações Ascom TRT/AL

Representantes do MPT, TRT e SRTb realizaram visita às dependências do hospital
Representantes do MPT, TRT e SRTb realizaram visita às dependências do hospital

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